Deixando a tristeza de lado, volto aqui para falar de uma das cantoras que mais me emocionam na vida, desde pequenininha: Daniela Mercury (Já estou emocionada).
Essa grande cantora baiana é um tanto versátil. Abraça a cultura negra do Ilê Ayê, bloco afro, divulga o samba reggae da Bahia, canta as alegrias do carnaval, seja no batuque ou na batida eletrônica. Uma artista multicultural.
Pude comprovar sua versatilidade ao ganhar o DVD "Canibália - Ritmos do Brasil" de minha prima-irmã Dani, xará da minha querida compositora. Assisti ao DVD na noite do meu aniversário e, extasiada em frente à televisão, só chorava. Que show maravilhoso! Daniela Mercury, em pleno Reveillon de Copacabana dançou, cantou e interpretou a música baiana com a banda de samba reggae Dindá, abriu seu palco para a escola de samba Unidos da Tijuca, para o Festival de Parintins (Amazônia) e o Boi Garantido, e o grupo musical Afro Lata, enfim, deu espaço para a alegria e a música que vem de cada cantinho do Brasil. É emocionante assistir a dois milhões de pessoas cantando e pulando sob o comando da cantora baiana.
Pesquisando informações em seu site oficial para compartilhar com vocês, descobri que Daniela tem obras sociais em Salvador e no Estado da Bahia. Há, de sua parte, uma grande preocupação com a educação dos brasileirinhos, em especial, com a arte: aulas de música, dança e artes plásticas para jovens e crianças no Instituto Sol da Liberdade. Além disso, é embaixadora da Unicef no Brasil e do Instituto Ayrton Senna. Não estamos falando de uma simples cantora de axé. Essa mulher ajuda a construir o futuro do Brasil.
Minha relação com Dani Mercury já existe há um bom tempo... Em 1994, minha mãe adquiriu (ou ganhou, não me lembro direito) o vinil - sim, o vinil - "O canto da cidade", aquele das luvas vermelha e azul. Eu e Cecília ouvíamos muito, todos os dias. Em 1996, num almoço em uma churrascaria, mamãe deu à Céci a fita K7 "Música de Rua". Ah, que alegria era ouvir aquela fita... Em seu aniversário, Céci foi presenteada com o CD homônimo. Aí as coisas melhoraram! Cada música legal: "Vulcão da liberdade", "Por amor ao Ilê", "Alegria ocidental", "O reggae e o mar"... Céci, você se lembra de como a gente se esguelava cantando essas músicas? Mais tarde, ganhamos o "Sol da liberdade", com o hit "Ilê Pérola Negra", música linda, que exalta o negro e sua cultura. Depois veio a fase eletrônica. Minha canção preferida era "Mutante", ouvia sem parar.
Os sucessos que mais gosto, além dos já citados, são "Swing da cor", "Música de rua", "Minas com Bahia", "Só pra te mostrar", "Tá no batuque", "Levada brasileira", incrível, "Rapunzel", "O mais belo dos belos", música que lembra bastante minha viagem a Porto Seguro no fim do ano passado, "Maimbê Dandá" (quantas vezes já não dancei essa música atrás do trio elétrico)... UAU! Será que sou fã, gente? Só um pouquinho, né?! Mas se eu pudesse eleger uma preferida, seria "Trio metal", que contém um dos versos mais lindos da música brasileira, na minha modesta opinião: "Ter um futuro aquecido num gerador de estrelas". Esse verso se relaciona muito bem com emoção, alegria, trio elétrico, tudo o que eu amo e sempre amei nessa vida: carnaval baiano. Há também uma homenagem aos mestres precursores da folia baiana: Armandinho, Dodô e Osmar. É de arrepiar!
A letra que escolhi postar é da canção que marcou o início do sucesso de Dani: "O canto da cidade", de 1992. O vídeo é comemorativo dos 15 anos dessa canção, gravado no Festival de Verão de Salvador, em 2008. Dani aparece com as famosas luvinhas vermelha e azul e chora, feito criança, ao ouvir o público cantar sua música. Toda vez que eu assisto ao vídeo, também caio no choro, é inevitável.
O canto da cidade
A cor dessa cidade sou eu
O canto dessa cidade é meu
O gueto, a rua, a fé
Eu vou cantando a pé
Pela cidade, bonita
O toque do afoxé
E a força, de onde vem
Ninguém explica
Ela é bonita
Uô ô
Verdadeiro amor
Uô ô
Você vai onde eu vou
Não diga que não me quer
Não diga que não quer mais
Eu sou o silêncio da noite
O sol da manhã
Mil voltas que o mundo tem
Mas tem um ponto final
Eu sou o primeiro que canta
Eu sou o carnaval
http://www.youtube.com/watch?v=BwCdDMb2yRk
Se tudo der certo, passarei meu próximo carnaval na capital baiana. Quero realizar o sonho de sair no bloco Crocodilo, dançando, cantando e chorando ao som de Daniela Mercury. Quem quer ir comigo?
Beijo, leitores queridos!
quarta-feira, 18 de julho de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
"What the people need is a way to make 'em smile"
Leitores queridos, estou com saudade de vocês! Volto a postar nessa segunda-feira chuvosa aqui em São Paulo. Essa chuva ajuda a gente a pensar...
Pelo título, podem perceber que farei minha estreia com música gringa por aqui. Escolhi a canção "Listen to the music", da banda Dobie Brothers, de 1972. Além de ser uma música alegre, (músicas alegres me fazem um bem danado), pra mim é especial por me fazer lembrar do meu papai. Ele escutava direto quando eu era pirralha... Só não me lembro se em vinil ou fita K7... Enfim, é dessas canções que marcam!
Listen to the music
Don't you feel it growning
Day by day
People get ready for the news
Some are happy, some are sad
Oh, we got let the music play
What the people need
Is a way to make 'em smile
It ain't so hard to do if you know how
Gotta get a message
Get it on through
Oh, now mama's go'n after while
Oh, oh, oh, listen to the music
All the time
Well I know, you know better
Everything I say
Meet me in the country for a day
We'll be happy
And we'll dance
Oh, we're gonna dance our blues away
If I'm feelin' good to you
And you're feelin' good to me
There ain't nothin' we can't do or say
Feelin' good, feelin' fine
Oh, baby, let the music play
Oh, oh, oh, listen to the music
All the time
Like a lazy flowing river
Sorrounding castles in the sky
And the crow is growing bigger
Listn'nin' for the happy sounds
And I got to let them fly
Oh, oh, oh, listen to the music
All the time
http://www.youtube.com/watch?v=a_eNqPZYZoA
O clipe é bem legal, meio hiponga.... Os músicos aparecem de cabelos e barbas longas, roupas meio psicodélicas, faixas coloridas na cabeça... Quando a gente assiste, faz uma viagem no túnel do tempo, caindo direto nos anos 70! Tem uma curiosidade muito interessante: Na canção há dois bateristas! Eu nunca tinha visto isso, alguém aí já?! Acho que os anos setenta ainda tem muito pra nos ensinar!
Essa canção me traz à memória boas lembranças, como eu disse, meu pai ouvia bastante em casa - e a gente ouvia por tabela. Especialmente nesse início de semana fria e chuvosa foi importante ouvi-la. Nos últimos quinze dias, estive doente, acamada e muito triste. É como dizem, quando nossa cabeça não vai bem, o resto do corpo também emperra! Todos temos momentos difíceis na vida, às vezes não damos conta, o mal pode estar além de nossa capacidade de combatê-lo. Estou falando disso agora porque tenho forças o suficiente pra compartilhar com vocês. Não entrarei em detalhes sobre o que me derrubou, não vale à pena. O que me deu forças pra me reerguer? Música. Ouvir esta canção hoje de manhã mudou meu astral! Como diz o título do post, as pessoas precisam de um motivo que as faça sorrir. Seja ele um caminho, uma palavra, um abraço... Há dias mais tristes que outros, quando eles chegam, nada disso parece funcionar. Experiência própria: Tentem ouvir uma boa canção, aquela que traz alegrias à tona. É um bom remédio e pra mim funcionou. Hoje não me sinto triste, pelo contrário. Já estou numa fase de reflexão e quero dividir com vocês o lado positivo de dar a volta por cima.
Nessa segunda-feira chuvosa, só poderia postar "Listen to the music". Foi ela que me deu o "empurrãozinho" que faltava pro início da semana! Além de me alegrar, ajudou-me a produzir. As letras das músicas que aparecem aqui, leitores, não são "copia-e-cola", simplesmente. Eu ouço cada verso e vou escrevendo... Em inglês a tarefa fica mais complicada, principalmente porque esta música tem várias abreviações. Mas enquanto produzo, o tempo passa mais rapidamente e não o perco com tristezas desnecessárias. Mais um ponto positivo pra minha canção escolhida!
É isso, gente. Produzir sempre, colocar a mente para trabalhar.... Isso nos ajuda a lidar de um jeito mais fácil com esses dias cinzentos. Uma ótima semana pra todos nós. Vamos à luta, ganhar o dia, de preferência, ouvindo música de qualidade!
Beijos!
Pelo título, podem perceber que farei minha estreia com música gringa por aqui. Escolhi a canção "Listen to the music", da banda Dobie Brothers, de 1972. Além de ser uma música alegre, (músicas alegres me fazem um bem danado), pra mim é especial por me fazer lembrar do meu papai. Ele escutava direto quando eu era pirralha... Só não me lembro se em vinil ou fita K7... Enfim, é dessas canções que marcam!
Listen to the music
Don't you feel it growning
Day by day
People get ready for the news
Some are happy, some are sad
Oh, we got let the music play
What the people need
Is a way to make 'em smile
It ain't so hard to do if you know how
Gotta get a message
Get it on through
Oh, now mama's go'n after while
Oh, oh, oh, listen to the music
All the time
Well I know, you know better
Everything I say
Meet me in the country for a day
We'll be happy
And we'll dance
Oh, we're gonna dance our blues away
If I'm feelin' good to you
And you're feelin' good to me
There ain't nothin' we can't do or say
Feelin' good, feelin' fine
Oh, baby, let the music play
Oh, oh, oh, listen to the music
All the time
Like a lazy flowing river
Sorrounding castles in the sky
And the crow is growing bigger
Listn'nin' for the happy sounds
And I got to let them fly
Oh, oh, oh, listen to the music
All the time
http://www.youtube.com/watch?v=a_eNqPZYZoA
O clipe é bem legal, meio hiponga.... Os músicos aparecem de cabelos e barbas longas, roupas meio psicodélicas, faixas coloridas na cabeça... Quando a gente assiste, faz uma viagem no túnel do tempo, caindo direto nos anos 70! Tem uma curiosidade muito interessante: Na canção há dois bateristas! Eu nunca tinha visto isso, alguém aí já?! Acho que os anos setenta ainda tem muito pra nos ensinar!
Essa canção me traz à memória boas lembranças, como eu disse, meu pai ouvia bastante em casa - e a gente ouvia por tabela. Especialmente nesse início de semana fria e chuvosa foi importante ouvi-la. Nos últimos quinze dias, estive doente, acamada e muito triste. É como dizem, quando nossa cabeça não vai bem, o resto do corpo também emperra! Todos temos momentos difíceis na vida, às vezes não damos conta, o mal pode estar além de nossa capacidade de combatê-lo. Estou falando disso agora porque tenho forças o suficiente pra compartilhar com vocês. Não entrarei em detalhes sobre o que me derrubou, não vale à pena. O que me deu forças pra me reerguer? Música. Ouvir esta canção hoje de manhã mudou meu astral! Como diz o título do post, as pessoas precisam de um motivo que as faça sorrir. Seja ele um caminho, uma palavra, um abraço... Há dias mais tristes que outros, quando eles chegam, nada disso parece funcionar. Experiência própria: Tentem ouvir uma boa canção, aquela que traz alegrias à tona. É um bom remédio e pra mim funcionou. Hoje não me sinto triste, pelo contrário. Já estou numa fase de reflexão e quero dividir com vocês o lado positivo de dar a volta por cima.
Nessa segunda-feira chuvosa, só poderia postar "Listen to the music". Foi ela que me deu o "empurrãozinho" que faltava pro início da semana! Além de me alegrar, ajudou-me a produzir. As letras das músicas que aparecem aqui, leitores, não são "copia-e-cola", simplesmente. Eu ouço cada verso e vou escrevendo... Em inglês a tarefa fica mais complicada, principalmente porque esta música tem várias abreviações. Mas enquanto produzo, o tempo passa mais rapidamente e não o perco com tristezas desnecessárias. Mais um ponto positivo pra minha canção escolhida!
É isso, gente. Produzir sempre, colocar a mente para trabalhar.... Isso nos ajuda a lidar de um jeito mais fácil com esses dias cinzentos. Uma ótima semana pra todos nós. Vamos à luta, ganhar o dia, de preferência, ouvindo música de qualidade!
Beijos!
sexta-feira, 6 de julho de 2012
"América, bem vinda à favela!"
O título do post remete a uma das faixas de comemoração da Libertadores que eu vi em meio à torcida corintiana. Adorei essa frase, ela faz jus à massa que vibra com o Corinthians e que jamais o abandona, nem mesmo nos momentos de crise. Isso é que é paixão! Gente, não sou corintiana nem nada, mas tenho que admitir: ver a festa do "bando de louco" na última quarta, em que o Corinthians conquistou a Taça da Libertadores da América pela primeira vez, foi emocionante! Há quantos anos esse grito estava preso na garganta, não é, corintianos? Aproveito a oportunidade para falar da relação do Corinthians e da emoção que sinto quando acompanho as finais de campeonatos. Sim, só vejo as finais, o que já considero uma evolução! Antigamente não sabia nem os nomes das disputas... Fui daquelas crianças que torcia pro Brasil. Seleção e time? Qual a diferença pra uma menina de cinco aninhos? Minha mãe, completamente apaixonada por futebol, tratou de desfazer a confusão.
Vamos à ao hino do clube? A letra, do radialista Lauro D'Ávila, é de 1952.
Hino do Corinthians
Salve o Corinthians
O campeão dos campeões
Eternamente
Dentro dos nossos corações
Salve o Corinthians
De tradições e glórias mil
Tu és o orgulho
Dos esportistas do Brasil
Teu passado é uma bandeira
Teu presente, uma lição
Figuraste entre os primeiros
Do nosso esporte bretão
Corinthians grande
Sempre altaneiro
És do Brasil
O clube mais brasileiro
http://www.youtube.com/watch?v=s6wNfViGJb8
A versão do vídeo é da escola de samba Gaviões da Fiel, um "sambão" bem alegre!
O Timão é defendido por vários amigos e parentes meus. Pai, irmão, tio, pitbull do tio, primos... Todos corintianos roxos! Sempre têm que aguentar as piadinhas que fazem do clube, mas a maior delas morreu na quarta: agora o "curintia" tem a Libertadores!
Eu gosto muito de observar a alegria do povo que torce para seu time de coração. O futebol brasileiro é um esporte popular que dá margem a todas as emoções: raiva, tristeza, dor, alegria, conquista... Em uma palavra: celebração! Deixando muitas questões de lado, como violência, torcidas organizadas, preconceito, quero falar da torcida fiel que acompanha o Corinthians, essa nação alvinegra de milhões e milhões de torcedores que jurou jamais abandonar o time, mesmo quando do rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, em 2007. Ou da torcida que arrebentou o alambrado de um estádio junto com o craque Ronaldo, em seu primeiro gol pelo Paulistão em 2009. Ah, jamais me esquecerei desse dia, foi minha primeira tarde de domingo sozinha na república. Não sei, até hoje, se chorei mais com a emoção da vibração incontida do gol ou por me ver só no apartamento. Hoje rio dessa situação!
Em 2011 , a nação alvinegra comemorou o título do Brasileirão em meio a uma terrível dor: No dia da final, morreu o ídolo da nação corintiana, Sócrates, o Doutor, que levou à loucura os torcedores na década de 80. O jogador também defendeu a seleção canarinha. Sócrates era versado em política: Lutou pela campanha das Diretas Já, que reivindicava as eleições diretas para o presidente do Brasil, e pelo movimento da Democracia Corintiana, que visava à conquista de maior autonomia nas decisões do clube. Apesar de sua doença, o alcoolismo, Sócrates era uma pessoa bem humorada, humilde, inteligente e que soube lutar pelo direito do próximo. Há vídeos de Sócrates e o irmão, Raí, ídolo do São Paulo, no Youtube. Em um deles, Sócrates canta o hino corintiano e Raí tampa os ouvidos, numa clima bastante alegre, descontraído. No dia da morte do Doutor, antes de a bola começar a rolar, jogadores corintianos e palmeirenses, além de ambas as torcidas, imitaram o gesto de Sócrates quando ele fazia gols, num minuto de silêncio. Foi uma bela homenagem. Eu me lembro que nas redes sociais circulou uma frase atribuída ao jogador. Não sei se a origem procede, mas vou reproduzi-la simplesmente por achá-la linda: "Eu vou morrer no dia em que o Corinthians for campeão!" Gostaram? Ela é bastante forte...
A paixão da torcida é algo contagiante. Mesmo sem ter um clube do coração, vibrei ao ver o jogo do Coringão na quarta-feira. Quanta emoção ao ouvir os hinos da torcida, suas bandeiras e faixas, aliás, uma delas representou minha cidade, a "Fiel Capivari". E a frase que bombou nas redes sociais, "jogai por nós"? Clara a semelhança com a súplica religiosa "Rogai por nós", contida em uma linda oração a Ave Maria. Há uma conotação religiosa, acredito eu, quando olhamos sob a perspectiva da fé que a torcida deposita nos jogadores de seu time.
OK, concordo que rojões e fogos de artifício são muito, muito, muito irritantes, até porque tenho três cachorros em casa e vejo como eles ficam doidinhos! Mas é interessante ver milhões e milhões de pessoas comemorando em uníssono. As pessoas passam a ser uma coletividade. Só estando do lado de dentro do estádio pra entender toda a emoção que se passa.
Não me emocionei apenas na última quarta-feira. Em finais de Brasileirão, já chorei com o São Paulo, Flamengo e Fluminense e com Santos e Corinthians na Libertadores. O que vale pra mim é ver a alegria da torcida! Por trabalhar na biblioteca de educação física e esporte da USP e por 2012 ser um ano olímpico, sinto-me mais próxima das modalidades esportivas e do bem que elas podem trazer à vida das pessoas.
Um beijo pra você, corintiano, pra você, não corintiano e até pra você, anti corintiano. No meu blog tem espaço pra todo mundo! E que todos os clubes brasileiros encham seus torcedores de orgulho, sempre!
Vamos à ao hino do clube? A letra, do radialista Lauro D'Ávila, é de 1952.
Hino do Corinthians
Salve o Corinthians
O campeão dos campeões
Eternamente
Dentro dos nossos corações
Salve o Corinthians
De tradições e glórias mil
Tu és o orgulho
Dos esportistas do Brasil
Teu passado é uma bandeira
Teu presente, uma lição
Figuraste entre os primeiros
Do nosso esporte bretão
Corinthians grande
Sempre altaneiro
És do Brasil
O clube mais brasileiro
http://www.youtube.com/watch?v=s6wNfViGJb8
A versão do vídeo é da escola de samba Gaviões da Fiel, um "sambão" bem alegre!
O Timão é defendido por vários amigos e parentes meus. Pai, irmão, tio, pitbull do tio, primos... Todos corintianos roxos! Sempre têm que aguentar as piadinhas que fazem do clube, mas a maior delas morreu na quarta: agora o "curintia" tem a Libertadores!
Eu gosto muito de observar a alegria do povo que torce para seu time de coração. O futebol brasileiro é um esporte popular que dá margem a todas as emoções: raiva, tristeza, dor, alegria, conquista... Em uma palavra: celebração! Deixando muitas questões de lado, como violência, torcidas organizadas, preconceito, quero falar da torcida fiel que acompanha o Corinthians, essa nação alvinegra de milhões e milhões de torcedores que jurou jamais abandonar o time, mesmo quando do rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, em 2007. Ou da torcida que arrebentou o alambrado de um estádio junto com o craque Ronaldo, em seu primeiro gol pelo Paulistão em 2009. Ah, jamais me esquecerei desse dia, foi minha primeira tarde de domingo sozinha na república. Não sei, até hoje, se chorei mais com a emoção da vibração incontida do gol ou por me ver só no apartamento. Hoje rio dessa situação!
Em 2011 , a nação alvinegra comemorou o título do Brasileirão em meio a uma terrível dor: No dia da final, morreu o ídolo da nação corintiana, Sócrates, o Doutor, que levou à loucura os torcedores na década de 80. O jogador também defendeu a seleção canarinha. Sócrates era versado em política: Lutou pela campanha das Diretas Já, que reivindicava as eleições diretas para o presidente do Brasil, e pelo movimento da Democracia Corintiana, que visava à conquista de maior autonomia nas decisões do clube. Apesar de sua doença, o alcoolismo, Sócrates era uma pessoa bem humorada, humilde, inteligente e que soube lutar pelo direito do próximo. Há vídeos de Sócrates e o irmão, Raí, ídolo do São Paulo, no Youtube. Em um deles, Sócrates canta o hino corintiano e Raí tampa os ouvidos, numa clima bastante alegre, descontraído. No dia da morte do Doutor, antes de a bola começar a rolar, jogadores corintianos e palmeirenses, além de ambas as torcidas, imitaram o gesto de Sócrates quando ele fazia gols, num minuto de silêncio. Foi uma bela homenagem. Eu me lembro que nas redes sociais circulou uma frase atribuída ao jogador. Não sei se a origem procede, mas vou reproduzi-la simplesmente por achá-la linda: "Eu vou morrer no dia em que o Corinthians for campeão!" Gostaram? Ela é bastante forte...
A paixão da torcida é algo contagiante. Mesmo sem ter um clube do coração, vibrei ao ver o jogo do Coringão na quarta-feira. Quanta emoção ao ouvir os hinos da torcida, suas bandeiras e faixas, aliás, uma delas representou minha cidade, a "Fiel Capivari". E a frase que bombou nas redes sociais, "jogai por nós"? Clara a semelhança com a súplica religiosa "Rogai por nós", contida em uma linda oração a Ave Maria. Há uma conotação religiosa, acredito eu, quando olhamos sob a perspectiva da fé que a torcida deposita nos jogadores de seu time.
OK, concordo que rojões e fogos de artifício são muito, muito, muito irritantes, até porque tenho três cachorros em casa e vejo como eles ficam doidinhos! Mas é interessante ver milhões e milhões de pessoas comemorando em uníssono. As pessoas passam a ser uma coletividade. Só estando do lado de dentro do estádio pra entender toda a emoção que se passa.
Não me emocionei apenas na última quarta-feira. Em finais de Brasileirão, já chorei com o São Paulo, Flamengo e Fluminense e com Santos e Corinthians na Libertadores. O que vale pra mim é ver a alegria da torcida! Por trabalhar na biblioteca de educação física e esporte da USP e por 2012 ser um ano olímpico, sinto-me mais próxima das modalidades esportivas e do bem que elas podem trazer à vida das pessoas.
Um beijo pra você, corintiano, pra você, não corintiano e até pra você, anti corintiano. No meu blog tem espaço pra todo mundo! E que todos os clubes brasileiros encham seus torcedores de orgulho, sempre!
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